sábado, 11 de fevereiro de 2012

PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN

Bom depois dessas duas postagens... chegou minha fez!
Tenho por intenção comentar sobre um filme, mas será bem complicado falar sobre ele e não contar o final rsrs
O filme da vez não será “Missão Impossível”, “Filha do Mal” (produção barata de terror) ou a nova versão em 3D da “Bela e a Fera” (adoro!), mas sim um filme com um cunho um pouco diferente das corriqueiras produções de Hollywood.
“Precisamos Falar Sobre o Kevin” é uma brilhante adaptação do best-seller, de mesmo nome, escrito pela jornalista americana Lionel Shriver, que representa um conflito entre mãe e filho e as consequências de tal relação.

Filme que estreou no Brasil em 27 de janeiro, apresenta como elenco Ezra Miller no papel Kevin, John C. Reilly como seu pai, Franklin, e Tilda Swinton como Eva Khatchadourian, interpretação que lhe rendeu a indicação ao Globo de Ouro de melhor atriz (Mais que merecido!), mas perdeu para Meryl Streep, em “A Dama de Ferro”.
O filme é construído através de flashbacks, sendo estes como doses homeopáticas desse drama tenso e mórbido. Em momentos nos encontramos no presente e em outros no passado (mas de uma forma bem organizada).
 Eva (Tilda Swinton) é uma mulher perturbada e destruída por seu passado. De inicio não sabemos qual o motivo de toda sua aflição, no entanto, os olhares de Eva e o tom vermelho como cor predominante do filme, cria uma atmosfera de desconforto e angustia.

Eva casou-se com Franklin e de pronto engravidou. Desde o inicio percebe-se que a chegada de Kevin é indesejada. Ainda quando bebê, Eva não se sente confortável em cuidar de seu filho, no entanto Franklin demonstra grande amor e paciência.


 Durante todo o filme presenciamos uma relação de amor e ódio entre Eva e Kevin (mãe e filho), mas confesso ser bastante complicado chegar a uma conclusão de quem precisava de mais amor. Ambos são carentes um do outro e por esse motivo sofrem. Kevin sempre foi uma criança difícil e desde pequeno se revela cruel e calculista, mantendo inclusive uma relação de domínio sobre sua mãe.

Um dos melhores diálogos do filme é quando Eva anuncia a Kevin que ela esta a espera de uma irmãzinha, tal situação apenas agrava a situação de distanciamento entre os dois.

Ainda vale observar que a troca de olhares entre Eva e Kevin são tão intensos que as falas tornam-se completamente dispensáveis em muitos momentos.

Pela leitura da Sinopse do filme descobrimos que Kevin (Erza Miller), filho mais velho de Eva, cometeu um assassinato em massa em sua escola, mas o que torna o filme mais perturbador não é apenas o assassinato de seus colegas de escola, mas o desfecho surpreendente que o drama nos revela.Kevin, de inicio uma criança de temperamento difícil, quando adolescente se torna um psicopata.

Toda a trama nos lança a dúvida sobre o que realmente foi responsável pelo desfecho trágico. O temperamento de Kevin? Ou o a ausência de carinho por parte de sua mãe? Seus atos foram em busca de atenção?

Bom para quem se interessou fica a dica de um bom filme para esse final de semana (fugir de Hollywood pode valer apena!).
Só para aguçar o interesse de vocês segue um pedacinho do filme:

Obs: o filme pode ser baixado pela internet, mas não deixe de ir ao cinema!

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